
sábado, dezembro 17, 2005falar x conversar"1 salva de palmas para quem não só fala com estranhos mas também conversa com eles" Sim, eu ouvi isto numa vinheta da Coca-coca light. Não gosto de refrigerantes light e diet, não que eu não esteja aberta ao novo, é que acho ruim mesmo. Gosto mesmo da coca-cola que agora passou a ser chamada de "coca-cola normal", o que eu francamente acho um absurdo, porque se é dela a primazia, é óbvio que já lhe basta o nome, cabe a quem quer uma light ou uma light lemon, gastar mais palavras do que eu para fazer o seu pedido. Se bem que eu já faço uso demasiado da palavra, com conhecidos e desconhecidos, se for pagar por quantidade de verbetes no julgamento final, tô ferradinha. Quanto a diferença entre falar e conversar... talvez um lexicólogo saiba. não precisa de legenda, né?
Kathia 2:05 PMterça-feira, dezembro 13, 2005Omo, Helmmans, Bombril, MelissaProcura-se ![]() Queria dar uma Melissa® para a minha irmã de presente de natal. Porque a propaganda democrática mostrou para ela, num anúncio de revista o quão bonita é uma Melissa® Quasar Fantasy da coleção Wonderland. E lá vamos procurar a Melissa® em Umuarama Loja 1: - Vocês vendem Melissa®? - Sim. - Eu queria uma que parece um chinelo, com uma tira central que depois vira duas tiras e vêem para a lateral. Assim. (eu fazendo as micagens na loja, óbvio) - Ah, esta aqui da Grenda®? - Não, é da Melissa® mesmo. - Ah, então não tenho. Loja 2: - Vocês vendem Melissa®? - Ahn? - Melissa®, aquela marca de sandálias. - Não, tem outras parecidas, mas Melissa® não tem. Loja 3: - Vocês vendem Melissa®? - Acho que sim. - Eu queria uma que parece um chinelo, blábláblá... - Tem que ver na vitrine - Daquela ali? - Não, aquela é Grenda®, eu quero Melissa®, e ela é tipo chinelinho, não tem esta plataforma. -Ah, não tem, só tem desta e aquela ali, da Dijean®. Loja 4: - Vocês vendem Melissa®? - Não. - Amém!!!! Alguém que não vende e que sabe q não vende. Loja 5: - Vocês vendem Melissa®? - Vendemos. - Ah, tem um modelo assim, assim, assado... - Não, este não tem, mas temos estes, e estes outros aqui q estão em promoção. - Não, obrigada, eu queria o modelo novo. Vocês fizeram pedido, sabe se vai chegar?... - Não, só tem estas mesmo. - Então tá, obrigada. - Não quer ver blusinha? - Não, eu queria a Melissa®. É, Dê, num foi desta vez... Antes que alguém sugira, não vou comprar pela internet, vai que é bonita mas não fica confortável no pé ou sei lá, como é que vamos trocar? Kathia 2:07 AM4 de dezembroNão existe democracia sem imprensa livre. Não existe imprensa livre sem propaganda. Título do anúncio do Grupo Abril por ocasião do dia mundial da Propaganda (4 de dezembro). Se Civita está certo eu colaboro para consolidar a democracia, logo sou democrata, logo posso ser aceita no p-sol, desde que não cite o Civita. Logo também lembrei que a propaganda serve para apaziguar conflitos. Catarse, legitimação... aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa minha monografia está atrasada!!! Kathia 1:43 AMdomingo, novembro 27, 2005A imagem da crise
Kathia 11:57 PMsexta-feira, novembro 25, 2005p-sol?Vixe, acho que estou em crise de identidade. Sábado passado após escolher, escolher e escolher blusinhas, eu bati o olho numa camiseta da sessão infanto-juvenil masculina e comprei. Número 10, pra parecer q é uma camisete pra mim. Esta noite sonhei que eu tinha um bebê e estava amamentado... deusdocéus o que meu subconsciente estava fazendo em cena tão altruísta assim? Aff Tô cansada, tô chata, mau humorada. Não tenho escrito e-mails por amigos, nem googleado, nem escrito neste blog... Agora tenho que incluir coisas de auto-ajuda na minha lista de promessas pro ano novo. Como se ter uma lista de promessas pro ano novo já não fosse suficientemente lya luft. Mas então, colocarei lá: seja mais organizada, faça as suas coisas em vez de só trabalhar, chegar cansada, ter psicossomáticas e resmungar pelos cantos. Pena que a Nestlé não quis me empregar como degustadora e meu advogada não quis me apoiar em uma ação dizendo q é inconstitucional da parte deles não me contratarem, uma vez que “Todo homem tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego”. Comer chocolate o dia todo seria uma ótima fuga. Tá, sejamos sinceros, não vou fazer nada pra mudar meu mau humor de hoje, além de retomar este blog. Impressionante como eu escrevo mais quando estou rabugenta. E para acompanhar minha crise de imagem, camiseta de pré-adolescente, vou cortar meu cabelo. E aí a motivação se intensifica quando vejo a foto abaixo. Eu simpatizo muito com o P-Sol e com a Heloísa Helena, mas este cabelo de crente ninguém merece, né?
Kathia 1:51 PMquinta-feira, novembro 03, 2005Estilos literários da Carteira de TrabalhoMinha carteira de trabalho é daquelas antigas. Com capa azul. Não que eu trabalhe há muito tempo. Pela data do meu primeiro registro, e pelo local (Curitiba) eu poderia até ter uma carteira parecida com passaporte. Aliás, um adendo: como as pessoas curtem dizer que a carteira de trabalho agora parece um passaporte, né? Impressionante. Acho que é a catarse de um documento bonito, moderno, tecnológico nas mãos do assalariado, ao qual contaram que este documento se parece com aquele. Bom, acho que eu também nunca vi um passaporte. Mas o que importa é que eu já vi uma carteira de trabalho das novas, embora não tenha uma. De qualquer forma, o que eu só descobri esta semana é que a minha carteira de trabalho tem “Regras de Segurança no Trabalho”. E que aí, em 2 páginas de instruções, há vários estilos. Poético: As suas mãos levam para casa o alimento para sua família. Evite pó-las em lugares perigosos. Trash: Não deixe tábuas com pregos espalhadas pela oficina, porque podem ser causa de sérios acidentes. O hábito de usar cabelos soltos durante o serviço tem dado causa a graves e irreparáveis acidentes. Use touca protetora quando seu trabalho reclamar. Auto-ajuda: Cada acidente é uma lição que deve ser apreciada, para evitar maiores desgraças. Bíblico: Lembre-se que você não é o único no serviço e que a vida de seu companheiro é tão preciosa quanto a sua. Mostre ao seu novo companheiro os perigos que o cercam no trabalho. Tecnocrata: Se você for acidentado, procure logo o socorro médico adequado. Não deixe que “entendidos” e “curiosos” concorram para o agravamento de sua lesão. Ficção científica: As máquinas não respeitam ninguém, mas você deve respeitá-las. Comédia: Os anéis, pulseiras, gravatas e mangas compridas não fazem parte do seu uniforme de trabalho. Ah, e tem o estilo Utópico também. Pois na primeira página tem a declaração Universal dos Direitos Humanos: Todo homem tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. Então tá, vou lá na Nestlé reclamar meu direito de trabalhar como degustadora de chocolates. E prometo nem pedir adicional de insalubridade pelas enxaquecas constantes que a gordura da manteiga de cacau vai me proporcionar. Será que preciso levar um anúncio? Empresa líder no setor contrata... Kathia 10:56 PMterça-feira, novembro 01, 2005Pró-ativo confiado este...Cobrinha verde em um parágrafo inteiro de um texto no Word. Fui ver o que podia estar tão errado. Esta frase contém 51 palavras. Deveria conter no máximo 50 palavras. Taí, o Bill Gates querendo intervir no estilo do meu texto. Aposto que só está rabugento assim, porque está perdendo pro Google a condição de corporação que vai dominar o mundo. Depois vem querer ser queridinho, sugerindo “Com amor” quando eu escrevo “Com a”. Kathia 6:14 PMterça-feira, outubro 04, 2005Bem aventurados os pacifistasQuando eu tinha uns 10 anos li um livro do Pe. Zezinho, se não me engano chamado “Bem aventurados os pacifistas.” Lá pelas tantas, o protagonista, um menino, se questionava : “Como gente grande fala pra gente não matar passarinhos, enquanto eles fazem guerra?” A guerra é normal, os conflitos são necessários, e as mortes não chocam mais. Questionados sobre se achavam que George Bush exagerou na hora de justificar as ações contra o Iraque, uma grande parte da população americana afirmou que sim. Mas grande parte desta grande parte votaria nele de novo. Há mentira pra legitimar uma guerra, mas isto não importa. Mas voltando ao Referendo do dia 23: Que o jornalismo imparcial é utopia, e que nem seja mais desejado, tudo bem, mas a Veja desta semana abriu as pernas, né? Reportagem de capa: 7 razões para votar não. A proibição vai desarmar a população e fortalecer o arsenal dos bandidos. A revista toma o partido da frente contra a Lei do Desarmamento e aponta 7 motivos que poderiam ser reduzidos a 4 ou 5, mas a redundância é grande e necessária para persuadir. Aqui, além da presença marcante das expressões “pessoas do bem” e “cidadãos do bem”, uma argumentação, repetida em 2 dos motivos me chamou a atenção: a medida aumentará o comércio ilegal de armas. Mas fica claro que: 1. Bandidos não compram armas legais 2. Pessoas de bem possuem armas legais 3. Não haverá mais comércio legal 4. Aumentará o tráfico de armas Tá, deixa a minha cabecinha tonta entender. Se as armas do bandido já são ilegais, o tráfico vai aumentar porque os bandidos vão aumentar ou porque eles vão querer mais armas? “A medida, além de contribuir para o crescimento do mercado clandestino, pode colocar o cidadão de bem em situação irregular. Mesmo se tiver uma arma registrada em casa, ele não poderá comprar munição, a não ser de forma ilegal. Com o é obvio, a proibição do comércio legal de armas terá como conseqüência inevitável a ampliação do trafico ilegal”. (grifo meu) Revista Veja, ed. 1925, 05/10/05 É “inevitável” que as pessoas de bem passem à ilegalidade!!! Por isto o tráfico vai aumentar. Daí pra comparações com álcool e drogas um pulinho. Eu só queria entender, ou melhor eu não quero entender, porque me parece cruel demais: será que atirar em alguém é tão prazeroso quanto beber ou quanto o primeiro baseado? Porque é esta a lógica da bebida e dos entorpecentes, né? A busca pelo prazer. Este é o grande problema da pós-modernidade, definir o que é o bem e o que é o mal. E aí o cidadão do bem se torna um ilegal, pra poder continuar com um direito que lhe foi tirado pelo estado tirano. Podiam aproveitar e fazer a revolução também, né? Ou melhor, pra que outro Estado: Anarquia já! (sim, estou sendo irônica) E aqui entra o segundo grande argumento da reportagem: a polícia está falida. A reportagem começa dizendo que discutir a venda de armas é desviar a discussão do verdadeiro problema, que é a ineficácia da polícia. Correto, este é o problema maior. Mas ao final da reportagem, reforçado por vários argumentos, a impressão que fica é: A polícia está falida, o Estado também, e não tem jeito, é preciso se armar, porque a polícia nunca estará onde deve estar e nunca conseguirá punir os bandidos. Acusa-se o Estado de não corrigir a polícia, mas em nenhum momento ela é creditada. Aí parece que nem vale a pena reestruturá-la. Bom, cada um vai puxar a sardinha pro seu prato, óbvio, mas acho que o que realmente está faltando é dizer o que é esta lei, o que implica. Porque não é um referendo sobre poder ou não poder comprar armas. Há muitas outras questões, inclusive medidas como aumentar penas e aperfeiçoar o sistema de registro. No caso da Revista Veja, nem no site, onde não falta espaço, há um link que seja para ler a lei na íntegra. Se alguém quiser ler, tem no link que eu coloquei no post abaixo, sobre o referendo. Para quem quiser ver as campanhas: http://www.referendosim.com.br http://www.votonao.com.br Ah, só pra terminar com o grau de pessimismo que me dá quando eu acho que pessoas de bem comprarão armas no mercado ilegal: "Há esperança suficiente, esperança infinita - mas não para nós." Franz Kafka Kathia 10:25 PMsegunda-feira, outubro 03, 2005Anos 80Os anos 80 estão na moda. Algumas coisas explicariam esta tendência nostálgica de culto à década retrasada, como: - O cenário atual de incertezas “As pessoas querem se apegar a um tempo em que as coisas eram mais seguras, a um momento mais tranqüilo.” Raquel Siqueira – Publicitária. - As crianças, adolescente se jovens dos anos 80, são hoje parte da população economicamente ativa. Alguns Reflexos: 1. Da moda ao show do Ira! Blogs, e-mails, comunidades no orkut... e a felicidade de encontrar alguém com quem você possa relembrar que era melhor brincar de lego do que com um bichinho virtual. Quanto a achar que a nossa infância era melhor que a de hoje, não há nada mais arcaico. Sócrates esbravejou: “As crianças de hoje são tiranas. Elas contradizem seus pais, cospem suas comidas e maltratam seus professores.” Ah, e a propósito das brincadeiras, muitos relançamentos, odiados por uns por perverterem os originais e amados por outros que vêem na repaginada Moranguinho ou no novo pequeno pônei uma chance de dar aos filhos os mesmos brinquedos que os fizeram felizes na infância. E a reciclagem dos bens materiais e culturais passa também pelos remakes, pelas novas versões do He-man e da Liga da Justiça (eu quero uma barbie mulher maravilha!!!!), e pelas bandas! Ah, os acústicos que começaram com os Titãs, nos relembraram que existe Capital Inicial, Kid Abelha, Ira!, Nenhum de Nós, etc, etc... E a coisa virou moda. Umuarama city, 01 de outubro de 2005 – Show acústico MTV do IRA! Fator hiper-relevante: Umuarama tem pouquíssimas opções noturnas. O show foi num clube, a céu aberto. Mas o tempo fechou. Choveu muito. O mais engraçado: as Patis de salto agulha e micro-saias tentando proteger as chapinhas. Muita gente tava lá por falta do que fazer num sábado a noite. E por um momento achei que Nasi estava agoniado pela falta de reação da platéia, não havia gente suficiente que conhece as letras para tornar audível o as respostas aos pedidos de “agora só vocês”... Por fim, as patis se retiraram, e o show acabou com muita chuva e o público mais perto do palco. Eu aproveitei a deixa para voltar um pouco mais no tempo (como se fosse possível eu voltar a 1952) e imitar Gene Kelly depois do Show: ![]() 2. Sucesso de vendas Almanaque anos 80 – Luiz André Alzer e Mariana Claudino – 3º lugar no ranking dos mais vendidos, categoria não-ficção. (Revista Veja, Edição1925- 05/10/05) Camiseta com a estampa do Bozo (salve!salve!) da Sheep, Griffe do Marcos Mion - R$170,00. Bem que eu fiquei com medo de perguntar o preço... mas menos mal, se custasse uns cinquentão era perigoso eu querer comprar, mesmo achando caro, mas 170,00 já é no mínimo pra xingar. De qualquer forma até eu saber o preço já tinha vendido as que tinha na loja. ![]() 3. Tá, eu errei Sim, eu confesso, fui a um show do Denorex 80! Situações adversas: fila pra entrar, fila pro guarda-volumes que lotou uma pessoa antes de mim, falta de ar respirável, muita, mas muita gente mesmo, dificuldade imensa de locomoção, daquelas situações em que você não pode nem desistir porque é impossível andar quer seja pra frente quer seja pra trás. Acho que mesmo que eu conseguisse abstrair tudo isto eu não gostaria do show. Achei muito chulo, mal gosto desnecessário do qual eu não consegui rir. Aí no meio da muvuca, pensei: “tá fazendo o que aqui, sua idiota? não foi você que disse que pensaria muitas vezes antes de ir num show do rappa, por causa da maconha?” Aff, nunca mais. Kathia 9:08 PMsábado, setembro 24, 2005Digite 1 para NÃO e 2 para SIM ao desarmamentoPronto, tô mal humorada e com sono, e vou aproveitar a deixa. Odeio e-mails que repassam opiniões indignadas da classe média quando eu não me incluo na opinião retratada. Sim, eu sou parcial e assumo isto. E por que eu me indigno, então? Porque estes e-mails vêm de pessoas que eu conheço e a quem eu prezo. Porque na maioria das vezes não há um comentário pessoal de quem encaminhou o e-mail, não há mediação, só uma retransmissão. E as linhas argumentativas são as do senso comum, normalmente conservador, e que em uma análise rasa, eu diria que usa não mais o povo nas ruas como massa de manobra, mas pessoas com acesso a internet, bons salários, casa comida e roupa lavada, formação acadêmica: elite cultural e líder de opinião. Aí tem dia que eu tô com a pá virada e resolvo responder. Indignação da vez: O referendo sobre o desarmamento. E vocês provavelmente já receberam o e-mail que eu recebi. A tecla mais batida é a defesa das “pessoas do bem”. Portanto, o Estatuto do Desarmamento e a opção plebiscitária que proíbe a comercialização de armas e munições poderão obter como triste resultado desarmar as pessoas de bem, deixando-as a mercê dos bandidos, assaltantes, estupradores e narcotraficantes, que continuarão armados simplesmente porque não usam armas registradas, nem têm domicílio conhecido e a Lei pouco lhes importa. Além disso, ante o fracasso do Estado em matéria de segurança pública, os bandidos se sentirão como lobos no galinheiro. Fico impressionada com o tanto que as pessoas curtem Linha-Direta. E curtem também decretar a falência do Estado. Se for assim, realmente é melhor se armar. Porque com o Estado falido, com a Democracia morta, daqui a pouquinho, além das escolas e hospitais privatizados, a Justiça também irá a leilão. Aí, olho por olho, dente por dente... Ou poderemos fazer uma troca, né? Se você não quiser estuprar o estuprador, pode usar sua arma de fogo de pessoa do bem... afinal pra quê se sujar com esperma? Os gravíssimos problemas de segurança pública, reiteramos, não se resolvem com o desarmamento das pessoas de bem. Tampouco se pode esquecer que as causas profundas da violência estão, principalmente, na crise moral e, portanto, religiosa que afeta a sociedade, a família, as instituições públicas, educacionais, eclesiásticas, etc., mais do que em causas econômicas. Crise moral e eclesiástica??? Não botem a Igreja no meio sem levar em conta os seus preceitos: “Vive e deixe viver”, “se escolhes matar também morrerás’. Pedro era uma pessoa do bem e tinha uma espada. Cortou a orelha do guarda e foi repreendido, pois não era a violência que iria salvar ninguém ali. E já que entrei na questão religiosa. Lembrei de uma colocação muito pertinente, mas que poucos pregadores fazem e que eu tive oportunidade de ouvir: Não foi o povo que condenou Jesus. O povo não tinha acesso às assembléias. Era a elite da época que estava lá, que intercedeu por Barrabás. Que trouxe o Severino da pouca representatividade pra Presidência da Câmera. Além de fazer cagada faz a culpa sobrar pro povo. Os dados : Calcula-se que existem no Brasil 20 milhões de armas ilegais - roubadas ou contrabandeadas - e 2 milhões devidamente registradas. O que as autoridades deveriam fazer era empenhar-se em dar segurança à população e em recuperar as armas ilegais, não em impedir a posse das legais. Agora, porque não se pode evitar 20 mortes, não se deve evitar 2? Porque não se pode evitar mortes pelas mãos de traficantes e de ladrões, não se deve evitar mortes pelas mãos de maridos traídos, de mulheres ciumentas, de crianças curiosas que pegam armas em cima de armários? O que é mais traumático? Ver a mãe ser morta por um criminoso, um ser do mal? Ou ver uma pessoa do bem se defender com as mesmas armas que o bandido. Faroeste. Honra. Defesa. O e-mail termina assim: Desejamos que no Brasil, no próximo plebiscito de 23 de outubro, prevaleça o bom senso, e os votantes tenham presente que se as armas das pessoas particulares ficarem fora da lei, somente os particulares que estão fora da lei terão armas. E o que me vem à cabeça quando leio este tipo de argumentação é: Se não pode com eles, junte-se a eles. E é este conformismo imposto que vai nos fuder, pela equivocada percepção de que já está tudo fudido. Isto pra mim é desistir. Eu ainda acho que é um erro tomar o todo pela parte. Mas fazer o que, não vou deixar de conviver com os cidadãos de bem que querem ter a opção de um dia ter uma arma em casa. E não vou amá-los menos por causa disto, no máximo me decepcionarei. Mas não tomarei o todo pela parte, realmente não consigo me desvencilhar das minhas concepções e crer que as pessoas que eu gosto realmente acham o mesmo que eu entendi que este e-mail prega. E, como pessoa do bem que não quero a possibilidade de poder me defender a ferro e fogo, creio que os 80% de pessoas a favor do desarmamento não diminuirá a ponto de que a lei não seja referendada. Link do TRE Kathia 1:17 AMsexta-feira, setembro 23, 2005Oi? Mais uma porção de amor próprio, por favor.De tanto ouvir o “pensa um....” vou incorporá-lo. Pensa uma pessoa cansada após um dia de gravação com os frangos. (sim, eles voltaram) Agora pensa uma janta bem boa e bastante cerveja. Meia noite, um sofazinho confortável e o sono rápido. Aí bem naquela primeira fase do sono meio dopado toca o celular. Identificação oculta. Não lembro o começo da conversa, mas foi algo confuso e eu na injuriação de sono interrompido - Você que me ligou não foi? Quem tá falando? - É você que tá ligando pro meu namorado, né? - Ahn? Não sei do que você tá falando guria... - Você para com isto, viu? e se cuida. - Tá, pode deixar, eu me cuido. ... Que tipo infeliz. ... Agora pensa o dia seguinte. 10 horas de edição de vídeo, para 7´40´´ finais. 3h30´ no ônibus, na curta distância entre Maringá e Umuarama. Sem aproveitar o tempo para dormir, porque eu estava praticando “fale com estranhos”. Meia noite de novo. E agora pensa numa pessoa muito, mas muito cansada mesmo. E o celular toca de novo. Já fui atender xingando. Quando cheguei no telefone parou de tocar. Retornei. Pelo menos tinha identificação do número desta vez. Não atendeu. Tocou de novo. Identificação oculta. - Alô ... Mensagem de texto: “é vc q fik ligando p meu namorado? Axo bom para pq senão...” Ah, sério, vá se fuder! ... Minha mãe me olhou assustada, aproveitei a deixa: - Ninguém merece. Uma guria me ligando e mandando mensagens a meia noite pra me perguntar se sou eu que ligo pro namorado dela. Que tipo de gente retardada tem este tipo de atitude. Pergunte pro namorado quem liga pra ele. Eu não faço nem idéia de quem seja. Deve ter ficado tão puta que até anotou o número errado. Ainda gasta crédito com isto. Vá , vá... Vá se valorizar. Se sujeitar a este papel. ... Mas agora analisado friamente. Não estou mais com sono, embora ainda esteja cansada. Que vida triste a de uma guria que fuça no celular do namorado, acha que alguém que não devia está ligando pra ele, e liga pra esta pessoa pra dizer: “se cuida viu?” Azar dela, né? E eu agora falo com uma estranha que me odeia. Mais um tipo de estranho pra eu classificar: namoradas histéricas desconfiadas e com crédito sobrando no celular. Aliás posso armazenar o número dela, pena que a classificação acima não caberia no visor. Kathia 10:56 PMquarta-feira, setembro 14, 2005Depois do “tirar o traseiro da cadeira”...Lembram daquele dia em que o Lula fez uma mini-retrospectiva dos presidentes que sofreram grandes pressões em seus mandatos e disse que não agiria como Getúlio, Jânio ou Jango, mas que seria paciente como Juscelino? Então, neste mesmo dia (25 de agosto de 2005), ou melhor, neste mesmo discurso, longuíssimo por sinal, Lula disse: “Eu quero dizer a vocês que estou extremamente otimista com a economia brasileira. Quero fazer um alerta aos pessimistas: o resultado deste ano não será nenhuma Brastemp, mas será um bom resultado.” ... A talent não perdeu tempo. Aproveitou que o Jornal do Brasil comentou o uso da frase como “o sonho de qualquer publicitário” e mandou ver: Lula se rende ao bordão: “Não é assim uma Brastemp” O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou o sonho de todo publicitário declarando em discurso que “Os resultados (da economia) deste ano não serão nenhuma Brastemp, mas serão um bom resultado.” O bordão, criado pela Talent nos anos 90, transformou a Brastemp em sinônimo de qualidade e faz sucesso até hoje. ... Ah, se fosse só a este bordão que o presidente se rendesse. ... Já que Lula está procurando as qualidades dos seus antecessores, podia também procurar fazer discursos bons como os de Vargas, em vez de renunciar Jânio por Jango e depois inverter e voltar pro Jan 1 em vez de deixar no Jan 2... Confusa esta frase? Confuso é o Lula falando demais : “O Jânio Quadros, ou melhor, o João Goulart foi obrigado a renunciar.” Ahhhh!!!!! Foi o Jânio quem renunciou caraí, pois ele queria voltar nos braços do povo. O João tava na China, nem aí pras vassourinhas que limpavam os terrenos das brigas de galo, ou para as mulheres de barriga cobertas na praia. Queria mesmo era foice e martelo. E foi deposto pelo golpe em 1964. Pô Lula, se não pode ajudar o povo a entender da história política do país, procure não atrapalhar... nem tudo dá pra se esclarecer na didática de jargões populares e publicitários, e fazer discursos não é escrever em blog. ... Se alguém tiver paciência para ler a íntegra do discurso, Folha Online. Conferi no site da Agência Brasil Radiobras, pra ver se não era um erro de digitação quem sabe, mas lá também consta a mesma frase sobre a renúncia. Será que eu pirei? Se sim, por favor, usem os comentários pra dizer que foi ilusão de ótica, ou que eu estou errada, que a verdade é "sim, Jango renunciou". ... Nada contra ditados e jargões, viu? Muito pelo contrário, gosto muito deles, inclusive de estudá-los. Mas é que vindo do Lula, num momento em que tudo que ele fala deveria ser estritamente cuidadoso, não dá, né? Isto não é ser popular, nem didático, não é fazer ninguém entender nada melhor, nem assimilar valores... é amadorismo mesmo. Kathia 12:31 AMsegunda-feira, setembro 12, 2005Seguir viagemA palavra viagem mudou de significado para mim quando passei no vestibular na Federal e a mudança para Curitiba se concretizou. Fosse eu rica e Umuarama um grande centro, eu teria um belo programa de milhares, mas sequer há avião daqui a Curitiba. Mas enfim, de cinco anos para cá as viagens começaram a fazer parte da minha vida, e passei por fases em que dormia bem no ônibus, em que não dormia nada, em que meus joelhos doíam, em que me agradava a idéia da viagem, em que me agoniava estar num ônibus, em que desde a data marcada até o caminho de volta era puro planejamento ou neurose e agora beiro a falta de certezas e sonho com a chegada à indiferença. Uma coisa é certa, a experiência não me ajuda quanto às malas. A propósito vim pra Umuarama no final de junho com a perspectiva de ir a Curitiba no começo de agosto, o que me fez não me preocupar muito com as malas, botei roupa, sapatos, livros e cacarecos que me bastariam para um mês e pouquinho, deu quase metade das minhas coisas (no que dá pra perceber que a vida não são só pertences. Se fosse a minha se reduziria a no máximo 3 meses sem repetição.) Marquei 4 vezes a viagem para Curitiba, um adiamento na orientação da pós aqui, uma filmagem em Paranavaí ali, um dia dos pais acolá, uma palestra sei lá onde... Aí eu me programava, avisa deuseomundo, e uns dias antes “ah gugu!!!” não vou mais. Confesso que nem eu mais acredito em mim quando digo que vou viajar. E olha só, estou aqui, no trabalho, desde às 7h20 de uma manhã de segunda-feira, postando claro, porque trabalhar a esta hora seria desumano. Que motivo esdrúxulo me levou a isto? Eu ia viajar, comprei passagem e o ônibus atrasou o tempo suficiente pra eu descobrir que uma chuva torrencial está caindo sobre a cidade de destino, e sendo o motivo da viagem gravações externa, a ordem abortar missão foi pertinentemente acatada. Pois então, vou me acostumando ao vou não vou e tentando fazer as pessoas entender isto, principalmente pai e mãe que ainda olham meio sem entender quando saio com uma mochila e digo um “ah, vou viajar e não volto hoje” ou quando chego com cara de cão sem dono e digo simplesmente “ah, não vou viajar”. Vou, não vou, vou, não vou. Isto me lembra dois dos meus poetas favoritos: Os Sapos – Manuel Bandeira Enfunando os papos, Saem da penumbra, Aos pulos, os sapos. A luz os deslumbra. Em ronco que aterra, Berra o sapo-boi: - "Meu pai foi à guerra!" - "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!". O sapo-tanoeiro, Parnasiano aguado, Diz: - "Meu cancioneiro É bem martelado. Vede como primo Em comer os hiatos! Que arte! E nunca rimo Os termos cognatos! O meu verso é bom Frumento sem joio Faço rimas com Consoantes de apoio. Vai por cinqüenta anos Que lhes dei a norma: Reduzi sem danos A formas a forma. Clame a saparia Em críticas céticas: Não há mais poesia, Mas há artes poéticas . . ." Urra o sapo-boi: - "Meu pai foi rei" - "Foi!" - "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!" Brada em um assomo O sapo-tanoeiro: - "A grande arte é como Lavor de joalheiro. Ou bem de estatuário. Tudo quanto é belo, Tudo quanto é vário, Canta no martelo." Outros, sapos-pipas (Um mal em si cabe), Falam pelas tripas: - "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!". Longe dessa grita, Lá onde mais densa A noite infinita Verte a sombra imensa; Lá, fugindo ao mundo, Sem glória, sem fé, No perau profundo E solitário, é Que soluças tu, Transido de frio, Sapo-cururu Da beira do rio. Mario Quintana Esta vida é uma estranha hospedaria, De onde se parte quase sempre às tontas, Pois nunca as nossas malas estão prontas, E a nossa conta nunca está em dia. Kathia 8:09 AMsexta-feira, setembro 09, 2005Considerações não muito consideradas“Aquilo que só serve para ‘tornar a vida mais fácil (só é necessário apertar um botão)’ em geral é supérfluo. Na casa inteligente, a cozinha computadorizada oferece uma base de dados de receitas de todo o mundo. Isso é provavelmente um logro. Um terminal de computador na cozinha é realmente necessário? O serviço requer assinatura? Com que freqüência seria usado? É desejável ter informações sobre a vida quotidiana (neste caso, cozinhar) percorrendo a rede eletrônica? Não seria mais eficiente comprar uns livros de receitas? Esta última pergunta é muito reveladora. Quando a tecnologia tenta tomar o lugar de algo não obsoleto, pode-se ter quase certeza de que está em operação uma estratégia de dependência. Além disso, continue a usar qualquer tecnologia que frustre as táticas de vigilância da economia política. (Neste caso, é tão simples quanto apoiar a tecnologia dos livros.) Evite usar qualquer tecnologia que seja essencial. Por exemplo, tente não usar cartões de crédito. Um registro eletrônico das compras de um consumidor é um dado muito precioso para as instituições da economia política. Não deixe que essas instituições o tenham.” Critical Art Ensemble (CAE) – grupos de ativistas radicais, em Distúrbio Eletrônico ... Nunca gostei de coisas multifuncionais. O que hoje em dia é visto com suspeita, afinal o predominante é o “quanto mais melhor”. Exemplo: Comprei um celular há um mês. Como sempre falo muito antes de fazer as coisas, muitos amigos sabiam que eu ia comprar um novo aparelho e vinham me contar novidades. E eu: Entendam uma coisa eu quero um celular que faça ligações e mande mensagens. Só isto. E não vou gastar mais de 100,00 nesta aquisição. Dito e feito. Estou feliz e contente, consigo me comunicar e não precisei parcelar a bagaça. ... Pra mim um multifuncional é algo que se propõe a fazer muitas coisas e não faz nenhuma delas bem feito, como este post desconexo. Sem falar no entusiasmo passageiro do consumidor ao se deparar com as multiqualidadews do produto. O mesmo consumidor que locou 2 fitas por dia quando comprou o vídeo cassete, que aprendeu a programá-lo e que resolveu ir na sorveteria bem na hora da novela, não por vontade de tomar sorvete, mas pra testar sua habilidade em programar a geringonça de 4 cabeças. Aí passou alguns meses e o vídeo virou um ótimo relógio pra sala. Ainda bem que tinha relógio, né? Exemplo ultrapassado? É só transferir a empolgação pro celular que tira foto, baixa mp3, clipes, etc etc... com o agravante que o vídeo cassete ao menos oferecia qualidade pros padrões da época, porque ninguém merece baixar imagem dos Incríveis e ver num monitorzinho, né? Tem também a impressora que é ao mesmo tempo scanner e xerox. Que maravilha, né? Òtimo custo benefício. Pifou um dos 3, ferrou tudo. ... Ah, lembrei de outra rabugentice minha. O que fazem com nossas crianças. O tênis pisca quando elas andam. Ótimo para a postura, né? A criança anda curvada para poder ver seu calcanhar. E a mãe esbraveja. Deprimente. Tem também as bobeiras pra gente grande. Mas aqui as referências são mais cult ou kitche. E graças aos surrealistas e dadaístas, podemos ter uma chaleira em forma de vaca (putz, num consegui não citar animais... merda!) que deve ser bem legal de lavar... Talvez não seja muito prática também, um pouco desajeitada sim, mas fofíssima. ... Bom, mas pra não parecer que eu estou de mal com o mundo da tesnologia, o que seria uma inverdade... Eu, a viciadinha em internet, estou quase contagiando minha mãe: Ela se empolgou com a história. Além de fazer muitas perguntas sobre o orkut e o msn, descobriu os sites de receitas. (qualquer semelhança co ma geladeira com computador de bordo é mera coincidência*) Exemplo 1: “Ah, hoje eu fui no bingo e fulana me falou de um bolo feito com farinha de milho. Diz que fica igual ao bolo feito com milho mesmo. Uma delícia. Vocês podiam procurar na internet pra mim, né?” Exemplo 2: Eu e a minha irmã procurando bicos de crochê pra ela, nos sites da Círculo e da Corrente. Depois de ver muitos, ela escolheu uns que queria. Imprimir. OK. “Nossa, já tirou! Que maravilha. Vou querer aprender a mexer nisto.” Receitas impressas e arquivadas nos seus antigos lugares: coladas no caderno de receitas e guardadas no meio das revistas de crochê. ... Um amigo meu me disse uma vez: Tenho medo de tudo informatizado. Duvido que os computadores vão parar de dar pau, e aí imagina com tudo condicionado a eles... Que venha o caos organizador. ... * Lembram quando a novela trazia um esclarecimento sobre os personagens no final? Será que enfim o povo não se confundi mais, ou agora as comparações estão liberadas? Kathia 12:58 AMSerá que eu consigo?Acho que já dá pra parar de falar de bichos, né? Ok, vou tentar pelo menos um post pra dar uma aliviada. Kathia 12:26 AMSobre a Vaca AmarelaParlendas: “As Parlendas são formas literárias tradicionais, rimadas com caráter infantil ,de ritmo fácil e de forma rápida. Não são cantadas e sim declamadas em forma de texto,estabelecendo-se como base a acentuação verbal.” (fonte: Brasil Folclore) Vaca Amarela Pulou a janela Quem falar primeiro Come tudo a bosta dela Lamartine Barbo e Carlos Neto: É Lamartine, o cara do “teu cabelo não nega mulata...” Vaca amarela A vaca amarela pulou a janela Mexeu, tanto mexeu que até quebrou a tal tigela A minha casa tem quintal pra morro com um "bungalow" que eu fiz pro meu cachorro Do lado esquerdo tem uma cancela toda escangalhada pela tal vaca amarela Dizem que a vaca veio da montanha Veio de Minas, lá do Mar de Espanha Vaca espanhola natural de Minas que na Catalunha cata boi com serpentina Para ouvir Vaca Amarela na Radio Uol clique aqui. Dudi Maia Rosa Artista plástico ![]() Kathia Delari: Eu mesma Nunca gostei de brincar de Vaca Amarela. Aliás, que coisa mais besta, né? Deve ter sido inventada por um adulto muito do rabugento. E ficar quieto lá é brincadeira? Acho que é meio óbvio porque eu não gosto, né? Vide nome deste blog. Digamos que o silêncio nunca foi meu forte. Vaca Amarela: A injustiçada É uma verdadeira ofensa tantas coisas escatológicas a meu respeito. Enquanto isto o Elefante sendo louvado: Elefante Colorido! Que cor? Azul. O céu! Elefante colorido! Que cor? Vermelho. A rosa! Elefante colorido! Que cor? Verde. A árvore! Elefante colorido! Que cor? Amarelo. A vaca! Não, claro que não! O sol! Eêêê... Porque quem é que ia querer estragar a brincadeira com a vaca amarela, né? Observação: O Elefante Colorido foi procurado para esclarecimentos, mas se negou a falar com nossa equipe. Kathia 12:16 AMquinta-feira, setembro 08, 2005MuuuuuUm artista plástico faz três modelos de vaca: em pé, deitada e com a cabeça baixa, todas em tamanho real. Aí juntam-se outros artistas plásticos ou afins. Por afins entenda-se aqueles que vivem querendo um lugar ao sol das exposições de arte, e aqui conseguiram um lugar no curral, digo, nas ruas das exposições. São eles os designers, grafiteiros, cartunistas, publicitários e diretores de arte. E domingo, dia 4, a Cow Parade chegou a São Paulo. É o maior evento de arte de rua do mundo, e em seus 7 anos de existência, é a primeira vez que vem à América Latina. Artistas locais inscrevem os trabalhos que depois da exposição são leiloados e o dinheiro arrecadado vai para instituições de caridade. No caso do Brasil a beneficiada será a Fundação Abrinq. Eu queria poder ir a São Paulo pra ver as figuras bovinas, ver no site já é extremamente divertido imagina pessoalmente e aí com acesso a todas as obras e ao melhor, à reação das pessoas às vacas. Na Índia os organizadores seriam apedrejados. Já no título das obras dá pra perceber o tamanho da profanação. Destaque especial para os trocadalhos: ![]() Cowen Miranda – Patricia Golombek ![]() Cowriza – Thais Machado ![]() Cowpirinha – Pablo Menezes Para saber mais: muuuu. Kathia 11:16 PMdomingo, agosto 21, 2005Em tempoNão consegui a proeza de arrancar de nenhum dos 180 mil pintinhos que nascem por dia no incubatório em Nova Olímpia, nem de nenhum dos 100 mil frangos que chegam por dia ao abatedouro em Pranavaí, a resposta para a polêmica pergunta: "Por que o frango atravessou a rua?" Talvez esta seja a pergunta fundamental e a resposta seja 42. Para a piada com algumas possíveis respostas, clique aqui clique aqui. Kathia 2:33 AMAaaahNa segunda de manhã passei para um portal do universo paralelo. Mas por um erro de cálculo, fui parar no mundo dos frangos. Caraca, nunca achei que um vídeo institucional para uma avícola fosse me tirar tanto do mundo normal. Mas enfim estou de volta, com celular funcionando, internet a disposição, pessoas conhecidas ao redor, o chuveiro da minha casa, minha querida cama, atualizada dos assuntos “não mercado avícola” da semana... Mas então. Quem me vê freqüentemente que agüente os meus papos galináceos, e pra quem me lê com freqüência, relatos menos específicos e mais inúteis. Descobri: - Que o pintinho fica na parte da clara do ovo e se alimenta da gema enquanto é chocado. - Que há duas fileiras sobrepostas de penugem na ponta da asa dos pintinhos que permitem diferenciar machos e fêmeas. Neles as penas de cima são maiores ou iguais as de baixo e nelas as de cima são menores. - A primeira vacina que o frango de corte recebe é ainda dentro do ovo. - Colocar música durante o abate dos frangos é uma atitude “humanitária”. Achei este termo muito onu, devia ser algo mais greenpeace, né? Talvez tenha sido um erro do cara que falou. - Se o frango comer demais ele infarta. - O vermelho chama a atenção dos pintinhos, por isto eles bicavam só as minhas unhas enquanto estávamos brincando com eles. E por isto também as pontas dos bebedouros são vermelhas. - Preciso colocar sacos plásticos nos pés para entrar na granja, e joga-los fora ao sair senão eu posso contaminar os bichos. - Meus dedos doem muito de frio só de ir até a porta do estoque de frango a –35ºC. - Os frangos morrem a +35ºC, por isto tem esguichos de água automáticos se a temperatura ficar muito alta. - Dá pra tirar as víceras do frango automaticamente, e mesmo assim é bem nojento. - Agora os comunistas comem frango em vez de criancinhas, a Rússia importa fígado e moela, e a China importa coxa desossada. Kathia 2:23 AMPintinhos hi-tecFui a um incubatório de frango. 180 mil pintinhos por dia. Tecnologia de ponta e anti-terrorismo biológico. Na entrada da propriedade, jatos de desinfetantes no carro, acionados por sensores. Para entrar nas estufas, um banho de deixar os banhos de sábado com inveja, roupas limpíssimas, e pés encharcados em soluções desinfetantes (me senti nos eua em época do antrax), e um caminho linear a se cumprir. Nada de querer voltar a chocadeira depois de ter pisado no nascedouro. A cena que devia ser a mais bonita, o nascimento do pintinho, a vida aparecendo... é nojenta. O fiapo de vida me pareceu muito próximo da morte. Tive que abstrair muito para não considerar agonizante a criatura lambuzada, com olhos fechados e respiração ofegante. A euforia dos pintinhos já secos e cuti-cuti´s em volta ajudou. Próxima fase: seleção. Pessoas pacientes e com visão apurada separam entre 2400 e 3500 pintinhos por hora, machos para um lado, fêmeas para o outro. Jogados como bolinhas de basquete, giram no ar e caem no tubo correspondente acionando o sensor de contagem, para compor os selecionados. Sim, há os excluídos. Chegamos na sala de seleção no horário de intervalo. As máquinas vazias, nenhum funcionário do setor e uma bandeja com uns pintinhos largados, com a penugem marrom ou cinza escura, meio manchadinhos... - Esqueceram aqueles ali? - Não, foram separados. - Porque? Estão doentes? - Não, são de linhagem diferente. Não servem. - Humm ... - Mas não tão doentes? - Não. - Se criar, crescem normal? - Sim. Normal. - Mas num vai criar? - Não. Não servem pra granja. - Vai fazer o quê então? - Vão ficar separados... - Sim, mas e depois? Faz o que? - Depois mata, mói, vira complemento de ração. - Humm - Tem outros aqui, ô. Este tá com defeito na pata, este tá com a barriga dura... - Tadinhos... Bom, mas vai matar mesmo, né? Num sei porque a gente ta com dó. Morre hoje ou daqui a 42 dias mesmo. Só porque ele é fofinho. Tisc tisc... Kathia 2:10 AMdomingo, agosto 14, 2005Relato de uma bancaO giz atacou minha rinite, eu fui espirrar, fechei o olho, tropecei no retroprojetor, que caiu e espatifou no chão. Eu comecei a chorar aí vieram me consolar, mas eu corri para "chorar no banheiro". Voltei e falei: "Vocês acabam de participar do telegrama legal do domingo legal!" Eles em uníssono: "Ah, Gugu... eu sabia!" Tá, nem foi tragicômico, mas podia ter sido. Kathia 6:51 PMsexta-feira, agosto 05, 2005EstranhoAntes de começar o layout deste blog, há um ano e alguma coisa, fiz uma pesquisa básica na imagebank, com a palavra estranho. Escolhi o lindo palhaço aí do canto esquerdo. Hoje tava organizando uns arquivos e achei outros candidatos. Como o blog anda meio capenga, vou postar fotinhos de vez em quando, em homenagem ao conceito estranho. ![]() Kathia 10:43 PMmens sana in corpore sanoAcho que as duas coisas que as pessoas pensam primeiro, ou tem coragem ou educação de dizer primeiro quando comentam minha vinda para o interior. Família e qualidade de vida. Pessoas amigas, que não vão me falar: "que merda que esta guria pensa que está fazendo?" É claro que sendo simpáticas, só colaborando com os meus próprios argumentos. E para não decepcioná-los nesta coisa combinada em nossa polidez, coisas que só faço por estar aqui: - Ver Friends com a minha mãe; - Discutir Teoria da Comunicação com o meu pai nas reuniões de igreja; - Conversar sobre níveis de linguagem com o meu irmão durante o almoço; - Caminhar com minha irmã. Admitam, são coisas legais, né? Kathia 10:31 PMquinta-feira, agosto 04, 2005Post de ocasiãoVálido só até a próxima rodada Uma das conseqüências de eu ter voltado para Umuarama é acompanhar jogos de futebol. Com meu pai ou minha irmã, ou com os dois. E a última rodada foi legal. Deixou o Curintias em 1º e o Paraná em 3º. Como eu não quis me dirigir ao boteco da esquina para ver Corinthians e Coritiba, fiquei em casa e vi o Paraná ganhar do Botafogo. Particularidades de um jogo no pinheirão: Segundo o narrador da globo, o clima estava agradável em Curitiba, mas ele estava todo encapotado, e os jogadores do Botafogo de camisa de manga longa. Comentários sobre o campo: Repórter: “A única alteração do Botafogo para o segundo tempo, é que o goleiro trocou o uniforme, colocou uma calça, porque o gramado está muito duro” Comentarista: “TODOS os passes errados se devem às irregularidades do campo”. Narrador: “É um dos piores gramados do campeonato” Para completar, havia alguns quero-quero (ahhh, não sei o plural) no campo, mamãe e filhotes, que obviamente mereceram destaque. Ah quem diga que eles até atacaram os jogadores... Pacabá, né? Kathia 8:49 PMdomingo, julho 31, 200517 de julho de 1975, Curitiba, –4,8ºCJá que o assunto define agenda... Curitiba recorda o “Dia da Neve” - 11/7/2005 - 13:57 Quem não viu a neve em Curitiba no dia 17 de julho de 1975 tem uma nova oportunidade de sentir essa emoção, passados 30 anos desse momento histórico. É uma verdadeira "viagem no tempo", com neve artificial e uma réplica da Praça Santos Andrade, montada no Espaço de Eventos do Shopping Estação. Do site: www.guiaparana.com.br Uma das coisas que mais me irrita em Curitiba é o apreço à neve que deu o ar gelado da sua graça em 1975. Por que eu não gosto de um fato ocorrido 6 anos antes de eu nascer? Porque em todos os julhos a neve volta aos noticiários. Assim como no ano novo tem a reportagem do moti dos japoneses de Maringá e Lodrina. Mas no caso do insosso bolinho nipônico é uma coisa que realmente se repete anualmente. As fotos do evento são abundantes, afinal chegou a faltar filme para vender nas lojas de materiais fotográficos no dia 17 de julho de 1975. Todos queriam estar munidos para captar os minutos mágicos da neve. E agora, em 2005, temos o 30º aniversário da neve! Para comemorar, houve até o Concurso Cultural “O Dia da Neve” (Odiada Neve), neve artificial no Estação, suplementos especiais na Gazeta do Povo, e com certeza muitas reportagens locais que eu num tive o prazer de assistir daqui de Umuarama. Fazer o quê? Curitibano gosta de viver numa “cidade de primeiro mundo”, então por que não idolatrar a neve? Acredito até que alguém tenha guardado no congelador algum floquinho da neve, dentro de um saquinho plástico. Talvez um dia até comece a vender como Lembrança de Curitiba, junto com chaveiros de pinhão e canecas com a estampa do pinheiro do Paraná. Se faltar neve, podem utilizar a mesma técnica da água benta, uma gotinha benze uma jarra inteira. Só seria mais perfeito, se a neve tivesse sido no mesmo dia da visita do Papa. Mas esta já é outra história, outros monumentos, e outras reportagens, cadernos especiais, cartões postais... ![]() Réplica da Santos Andrade com a Neve artificial, no Shopping Estação. Me deixou uma curiosidade: as pombas morreram congeladas no dia? Kathia 4:23 PMquinta-feira, julho 07, 2005Notícias do DiaAcho que a Folha de São Paulo está com um concurso que premiará “A melhor foto de figurão chorando.” Para participar a foto deve sair na primeira página no jornal, junto com uma manchete que abale a credibilidade do governo. A concorrente de hoje é a foto de Marcos Valério, pela lente de Lula Marques. Foto aqui E Londres foi atacada. E muito bem preparada, não evitou os ataques, nem as dezenas de mortes, mas colocou tudo em ordem em pouco tempo. Melhor colocação do Jornal Hoje sobre o assunto: “As ações das empresas que vendem equipamentos de vigilância e segurança subiram mais de 10% na abertura do pregão.” Reportagem aqui Kathia 8:37 PMterça-feira, julho 05, 2005ZzzzzzzzzzzzzzzzzzDormir tarde e ter preguiça/indisposição pra levantar é de família aqui em casa, na verdade pra mim e meu irmão que puxamos pra mãe. Meu pai faz coisas super saudáveis como ir caminhar no bosque antes das 8h da manhã. Minha mãe, após ficar uma noite sem dormir, resolveu deitar mais cedo. E lá por 21h se recolheu e dormiu. No outro dia perguntei se ela tinha dormido à tarde, pra descansar mais um pouco. - Não, fui dormir cedo ontem. - É, mas você tinha ficado uma noite sem dormir. Deve estar cansada ainda. - Tô, mas é que se eu deitasse seria outra luta pra levantar... aí já nem deitei. - He he he. Então não vai deitar de preguiça de levantar? Essa é boa. Mas eu a entendo, quase perfeitamente. Também me enrolo um monte pra levantar. E gostaria mesmo, do fundo do coração, de me satisfazer com poucas horas de sono. Já que dormir tudo que eu gostaria é econômica e socialmente inviável. Ah, e fisiologicamente inviável também, uma hora a bexiga enche e aí tenho que levantar pra ir no banheiro. Lamentável. Kathia 9:47 PMsegunda-feira, julho 04, 2005Perguntas do mês:Porque diabos existem teclados com a tecla Power??? Porque esta tecla infeliz fica abaixo do Delete? Acima das setinhas... Não dava pra ser num canto? Não dava para pelo menos pedir na tela: "Tem certeza que vc quer deligar o seu computador assim, tão facilmente e tão intempestivamente?" Aposto que quem inventou isto é um estressado que xinga o pc, largua os betes e aperta este atalho infeliz. Mas que digita maravilhosamente bem, com controle absoluto de seus movimentos digitais. De qualquer forma, fica rogada a minha praga: tomara que um dia ele aperte este botão sem querer, e que este dia seja um dia muito importante, e que o computador não gere backup. E fica anotado na parte do meu cérebro que cuida de assuntos cibernéticos: nunca comprar um teclado com a tecla power. As do lado (sleep e wake) ainda não sei pra que servem, e espero só descobrir num dia em que não tiver nada pra fazer, e não por um erro, um deslize do Del para o Power... Kathia 11:23 PMCoisa difícil é conversar com estranhos em Umuarama.3 prováveis motivos 1. Diminuição da distância percorrida por dia, logo menos estranhos no caminho. Trabalho a 8 quadras da minha casa. Vou à igreja que também fica a menos de 10 quadras da minha casa. Meus parentes e amigos moram relativamente perto. Por enquanto não freqüento outros círculos. 2. Não utilização de transporte coletivo, logo menos conversas nos caminhos. Estreitamente ligado ao item um. 3. Alto grau de informações sobre as vidas alheias. Vou a lugares diferentes acompanhada de conhecidos que muito provavelmente conhecerão grande parte dos estranhos e me livrarão no mínimo da ignorância do nome das pessoas em questão, muitas vezes complementando esta informação com a função do cidadão na divisão social do trabalho, ou na divisão familiar mesmo. “Diana, trabalha comigo fabricando flechas, Dionísio é dono de uma adega na Avenida Olímpia, e esta é Atena, filha de Zeus.” Tá, Umuarama nem chega aos pés do Olimpo, mas era só pra invocar os santos deuses nos vãos de informação. 4. Encontrar sempre um conhecido Nas ocasiões em que estou sozinha, logo encontro um conhecido, que toma a posição de ouvinte, agora durante um tempo vai realmente ter o que conversar comigo, afinal novidades não faltam. Havendo alguém que me ouça, suprindo a minha necessidade de falar, naturalmente deixo os estranhos de lado. Que coisa feia, não? 5. Pequenez do mundo Se o mundo é pequeno, Umuarama é menor (minha frase preferida nos últimos tempos). Segundo o cosmopolita Beneli, o que faz com que você converse com um estranho sem atritos, mas também sem ressalvas, é o fato de que você nunca mais vai ver a outra pessoa. Pena que a tese não seja universal. Mas tomara que ela vá pra França. Kathia 10:32 PMquarta-feira, junho 22, 2005( X ) Apto para a FunçãoUma das coisas mais falsas do mundo corporativo é a medicina do trabalho. E dentro da medicina do trabalho, a farsa maior é o Exame Médico Demissional. E lá vou eu participar da encenação. - Você tem alguma queixa? - Não. - Está fazendo algum tratamento? Tomando algum remédio? - Anticoncepcional. - Mas Bronquite? Asma? Diabetes? - (ahn???) Não. Aí, mede pressão (11/6), ouve coração, e eu olho para as letrinhas do exame de vista que não farei. Resultado: Apto para a função. Sim, porque é um formulário, e independente do motivo do exame, o resultado teve ser: apto, inapto ou inapto temporariamente. Então fico feliz por ter aptidão para a demissão. Enfim, convenções. Com este papelzinho e sem eu reclamar de nada, temos provas pra arquivar e usar no caso de eu querer processar a empresa por ter adquirido LER, ou sei lá o que... E seguimos fingindo nesta vida. Eu não tenho motivos sequer pra confiar num médico que eu nunca vi antes e que não tenho perspectiva nenhuma de ver depois. Omitir informações neste caso é cômodo para ambos, rapidamente se resolve a situação chata. Pelo menos pra mim. Pro cara que já estava injuriado às 9h40 da manhã de segunda eu não sei, mas aí azar o dele se ele ou o destino quis que ele fosse um médico trabalhista. E francamente, acho que a recepcionista devia ser mais bem paga que ele, ela marca muito mais X’s nos papéis e gasta muito mais tempo com os clientes, digo, pacientes. Kathia 10:16 AMquinta-feira, junho 16, 2005A saudade é o preço que se pagaFevereiro de 2005: Família na estrada, saindo de Mandaguaçu. Mãe: Foi aqui que eu vivi a melhor época da minha vida. Caçula: Nem foi, a gente nem tinha nascido ainda... he he he Mãe: Ah, mas é diferente, foi uma época diferente e eu fui muito feliz aqui, as amizades, o que a gente fazia... Tenho muitas saudades. Caçula: Sim, mas a vida é assim mesmo, quanto mais a gente anda, mais saudades sente. Mas se não tivesse andado, e passado por tantos lugares, não teríamos feito tantas coisas boas e tantas amizades. Junho de 2005: As falas não podem se inverter totalmente somente porque não acho que a melhor fase da minha vida tenha sido em Curitiba. Ainda não sei qual foi a melhor época dos meus 20 e poucos anos. Mas o pior ano eu sei muito bem qual foi. Foi 2000 e eu estava morando em Curitiba. De qualquer forma, já estou vivendo uma fase pré-nostálgica porque vou embora. Uma saudade antecipada do que eu acho que vai me fazer falta. E como estou me viciando em listas, aí vai uma: Saudades certas: Famílias Amigos Biblioteca Pública do Paraná XV de Novembro Milk Shake de Ovomaltine do Bobs Cinema Sabiás Fogaça da Feirinha da Osório Balança no Quintal Kathia 4:48 PMListasNunca fui organizada com as minhas coisas, e agora tenho poucos dias para me mudar de cidade. Já fiz isto uma vez, mas quando eu vim pra Curitiba, eu não tinha responsabilidades, não estava trabalhando, nem estudando. Sem falar que eu tinha a perspectiva de pelo menos no primeiro ano ir pra Umuarama quase uma vez por mês. Enfim, agora tenho muitas coisas para resolver, e estando elas desorganizadas, me darão um trabalhinho mais ou menos. A solução que me veio à cabeça foi: LISTAS. Agora não vivo sem olhá-las no mínimo umas 4 vezes ao dia. O que pode criar uma relação de dependência, confesso. O primeiro indício disto é que tenho uma lista das listas que devo fazer e checar! Kathia 4:46 PMsexta-feira, junho 10, 2005ComunicadoKathia Delari encerrará, no dia 27 de junho de 2005, a vigência, de 1954 dias, do estatuto “A Kathia está em Curitiba para estudar”. O motivo não será a ação, mas sim o lugar. A partir de 28 de junho, Kathia volta à cidade natal (Umuarama) e à casa materna (Rua Bararuba, 3860), fazendo jus aos dados do Censo que considera oficial para um estudante a residência onde os pais moram. Kathia 6:05 PMquarta-feira, junho 08, 2005EnsaiandoÀs vezes acho que não nasci para o dia. Nasci para a noite, mas não a aproveito. Ao contrário, a reprimo. Não quero ir na contramão da maioria. Prefiro contrariar a minha mão. E as minhas noites são dos devaneios, dos beijos que meus lábios não alcançarão, dos gritos que não sairão da minha garganta, do número de telefone que meus dedos não teclarão, do coração acelerado que minhas artérias não deixarão explodir, das resoluções que nunca acatarei... De todas as hipérboles que meu travesseiro parece sugar enquanto eu durmo, para que, ao amanhecer, eu ache tudo um imenso exagero. Talvez minha vida fosse mais intensa se tudo pudesse acontecer na minha cama, depois das 22h, entre quatro paredes, mas com todos os atores. Se o mundo girasse a meu redor. Mas como não deram a alavanca nem para Arquimedes, não vai ser pra mim. Então não vou mover o mundo de supetão, vou deixar que as coisas sejam tão rápidas e aparentes como a formação das montanhas. O risco é que, entre uma camada e outra, se formem fósseis que parecerão riquíssimos em detalhes daqui a algum tempo, ou corpos que se tornarão petróleo, energia em potencial na qual outrem acreditarão e botarão fogo. Não eu. Não eu que fico com a racionalidade do dia. Que não me arrisco na claridade e uso a escuridão para dormir. Kathia 3:25 PMterça-feira, junho 07, 2005Trilha sonora para a última semana de junhoCasa – com Lulu Santos Tô voltando – com Simone Por enquanto – com Cássia Eller À vezes nunca – com Engenheiros do Hawaii Fogão de lenha – com Chitãozinho & Xororó Esse é o lugar – com Fernanda Abreu Tô saindo – com Ana Carolina De volta ao samba – com Chico Buarque Preciso me encontrar – com Marisa Monte Diz que fui por aí – com Elis Regina e Jair Rodrigues Kathia 4:51 PMsegunda-feira, junho 06, 2005Verbetes CulináriosAlgumas definições de dicionário são praticamente receitas. Quinta definição do Michaelis Uol para Sonho: “Doce muito fofo, feito com farinha, leite e ovos, frito em gordura e polvilhado com açúcar e canela, ou passado em calda rala.” Mas só algumas, porque outras são vagamente etecétera... Segunda definição do mesmo dicionário para Feijoada: “Prato da culinária brasileira, preparado com feijão preto, toicinho, carne seca etc.” Outras são poéticas. Sorvete: “Designação dada a várias iguarias feitas de suco de frutas, cremes, leite, chocolate etc., temperadas com açúcar e congeladas sob a forma de neve.” Kathia 9:57 AMSeqüência de imagens e de fenômenos psíquicos que ocorrem durante o sonoFilmes não influenciam meus sonhos. Embora eu tenha alguns pesadelos com narrativas cinematográficos, com fugas e perseguições... Livros influenciam meus sonhos. Normalmente para que se tornem pesadelos. Ontem estava sem sono, li até às 2h00. Cem anos de solidão – Gabriel Garcia Márquez. Resolvi dormir... Sonhei que estava numa casa diferente, que era da minha mãe, mas aqui em Curitiba. No quarto estavam eu e minha irmã. Uma TV ligada. O Galvão Bueno narrando os gols da seleção brasileira, do jogo de ontem. Eu quase dormindo em uma cama do lado da janela. Olhei para os vidros e havia dois adesivos, ambos colados pela minha irmã. Pensei: “Que estranho eu estar aqui, numa casa que é minha, mas sem nada que seja meu, nem um adesivo na janela, nada que indique que moro aqui”. Aí, a influência do consciente, nos primeiros minutos do sono, me indicou que aquilo era um sonho. E voltei à minha cama, no quarto do sótão, com a porta fechada. Senti que havia alguém no quarto, um vulto muito próximo à mim veio para me ajeitar a coberta, gritei e acordei com muito frio. 2h30. Demorei mais uma meia hora para dormir de novo. Pensando nos filhos que Úrsula via voltar para sua casa sem se reintegrar a ela... Acho que não devia ler este livro numa época em que estou pensando tanto em voltar para casa. Tive pesadelos/sonhos mais estranhos que o normal quando li outros livros de realismo fantástico ou afins. Com destaque para “Metamorfose” do Kafka, “O Evangelho Segundo Jesus Cristo” e “Ensaio sobre a Cegueira” de Saramago, “O Mestre e a Margarida”, de Mikhail Bulgákov e “Incidente em Antares” de Érico Veríssimo. Ainda bem que não acredito em sonhos, premonições ou espíritos, pois adoro esses livros insanos. Kathia 9:42 AMquinta-feira, junho 02, 2005AusênciasDivagações sem muito nexo Lá em casa nunca vivemos todos juntos por muito tempo. Na verdade, foram os anos do meu nascimento até meus 5 anos. Depois um foi embora, outra também, aí outra, aí o um voltou... Vivemos sempre com alguém ausente. ... Quando eu tinha uns 6 anos, minha prima viajou nas férias. Brincávamos diariamente, logo, com uma semana eu já estava morrendo de saudades. Meu irmão não morava mais em casa, mas eu não brincava com ele todos os dias quando ele estava lá. Então a pergunta: “Mãe? É errado eu ter mais saudades da Lu que do Nunô?” ... Depois de 5 anos em Curitiba, me "acostumei"* com a ausência de familiares (pai, mãe, irmãos). A idéia de poder ver uma de minhas irmãs uma vez por semana ainda não está muita familiarizada (desculpem o jogo de palavra, saiu) em minha rotina. E olha que esta possibilidade está me rondando desde fevereiro. Mas, enfim, na sexta-recesso-do-feriado, saí com minha irmã**. Parque Barigui, Museu do Automóvel, Park Shopping Barigui. O mais lindinho de tudo: ela me apontar para a vendedora e dizer: “É a minha irmãzinha”. * Sobre se acostumar Eu sei, mas não devia de Marina Colassanti ** Irmã em questão: Cláudia Delari, a caçula da família, de dezembro de 74 a julho de 81, até que por um acaso, uma falha na prevenção, nasci e roubei seu posto. ![]() Kathia 11:06 AMQuase sãSó pra eu ter que me redimir publicamente Ontem cheguei em casa e uma fada, de aproximadamente 60 anos, olhos azuis e cabelos grisalhos, havia passado pelo meu quarto. As cortinas estavam escancaradas, a janela aberta, a cama arrumada, as roupas antes espalhadas, todas juntas em cima de uma cadeira, o chão impecavelmente limpo. E, para garantir um ambiente saudável, as cobertas haviam passado a tarde no varal, tomando sol, e a porta de tela estava fechava para manter longe os gatos e os pêlos que possivelmente colaborariam com minha rinite. Para completar, a avó alheia me abraçou, me abençoou, pôs a mão na minha testa para ver se eu não estava com febre e me desejou melhoras. Será que são de alguma ONG que acredita em políticas privadas de compensação? Kathia 10:45 AMquarta-feira, junho 01, 2005Estou gripada, aindaDe todas as propagandas enganosas, esta semana, eu queria que uma categoria não fosse só ilusão. A dos anti-gripais e afins... É sempre tão legal quando, no início da gripe, uma pessoa amada percebe na outra os primeiros sintomas e oferece as pílulas ou chás mágicos que em alguns segundos resolvem o problema. A disposição volta num piscar de olhos e não há tempo para lamentações. Kathia 11:49 AMterça-feira, maio 31, 2005Estou gripada.Minha irmã mais velha não me fez uma gemada bem forte com leite e mel pra eu dormir quentinha. Minha mãe não me fez uma sopa especial pra que eu recuperasse as energias. Meu pai não foi buscar remédio na farmácia pra mim. Ninguém pôs a mão na minha testa pra ver se eu tinha febre. Estou me dopando de 4 em 4 horas. Quero muito voltar pra casa. Kathia 1:27 PMterça-feira, maio 24, 2005Sorte do DiaSim, agora, com o Orkut em português posso ver minha sorte diariamente!!! A de hoje, 24 de maio é: “O nosso primeiro e último amor é... o amor-próprio.” Ficou mais engraçada por vir logo após o “Você é solteiro? Diga a todos o que você procura, assim o orkut pode te ajudar!” Acho que vou colocar lá então: procuro o amor-próprio, e que ele seja legal comigo, compreensivo, me dê boa noite, me traga chocolate nos fins de semana e converse comigo sobre todas as minhas pirações. Ah, e que seja divertido, obviamente. Que não me cobre muito e que mantenha o ódio-próprio bem distante. Não estou a fim de nenhum triângulo amoroso. Kathia 3:13 PMsegunda-feira, maio 16, 2005Tahoma, volte, mas definitivamente, por favorUm dia faço um curso de html, pra ver se consigo concertar coisas como estes posts metade em tahoma metade em times, com tamanhos diferentes... ´ Que saquinho... Kathia 1:31 PMSomos seisPrimeiro da série “posts esquecidos e inacabados num .doc” Tema: Família e afins. Em ocasião da Páscoa, estavam os filhos reunidos na casa paterna, completando a família iniciada em 1968. Pois então, desde o natal de 2002 não sentávamos todos juntos à mesa. Resultado de filhos espalhados em cidades diferentes, e da não coincidência de suas visitas a pai e mãe. Eis-nos: ![]() Por muito tempo achei que éramos uma família perfeita,depois me desiludi, depois voltei atrás. A ilógica: Nenhuma família é perfeita. Porque? Porque todas tem problemas. Então é próprio da família ter problemas, é praticamente inato. Na noção de família está incutido a problemática. Então a noção de família perfeita não descarta os problemas, mas inclui a forma de conviver com estes problemas. Aqui volto atrás e reafirmo: Minha família é perfeita, por ser minha, pelos problemas que ela tem e pela forma como lidamos com eles. Loucos, divertidos, deprimidos e cristãmente amando-nos uns aos outros, ou como diria Paulo: Suportando-nos uns aos outros... Kathia 11:45 AMTadinha da menina...Tô sempre fazendo cagada, e sempre esperando os esborros. Visualizo-os e me preparo para eles. Aí, quando chego com a cara dissimulada e a alma de cabeça baixa e arrependida, me passam a mão na cabeça. Impressionante. Saio num misto de alívio e indignação, e tendendo a achar que o esporro teria sido melhor. Sim, sou como um cachorro sem vergonha, que faz cara de coitado, põe o rabo entre as pernas, e arranca ôooooo de quem olha. Vide este post coitadinho. E ainda acho que o dia em que levar uma bela lavada e sair torta de tanto ouvir broncas e cobranças eu possa tomar jeito. Por enquanto vou ouvindo: Você se cobra demais. Talvez seja verdade, talvez eu me cobre demais, talvez isto seja uma forma de compensação, talvez eu realmente não suportaria se eu decepcionasse demais alguém. Talvez eu não suportaria se me decepcionasse. Mas nem adianta marcar uma regressão para me descobrir criança desprezada e tentando se mostrar eficiente, porque sempre fui mimada. Então, vou fazer de conta que sofro por antecipação e que assim já me puno e fico com as contas quitadas. Kathia 9:57 AMsegunda-feira, maio 09, 2005As mães, o ecumenismo e os mcs![]() Domingo, 8 de maio de 2005: a co-incidência de 4 datas para a igreja católica apostólica romana. 1. Ascensão do Senhor - Solenidade em que Jesus sobe aos céus. Sempre acontece uma semana antes de Pentecostes (quando o Espírito Santo desce dos céus, sob a forma de línguas de fogo, para não deixar os apóstolos sem a presença de uma divindade). 2. Início da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos - Promovida pelo CONIC (Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil), essa semana sempre começa na ascensão e termina no pentecostes. Sete Igrejas Cristãs, que professam o mesmo batismo (Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Católica Ortodoxa Siriana do Brasil, Igreja Cristã Reformada, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Igreja Metodista, Igreja Presbiteriana Unida) promovem eventos para refletir sobre seus pontos em comum, buscar romper barreiras de preconceito entre seus cultos e obviamente traçar estratégias de evangelização. 3. Dia das Mães – Segundo Domingo do mês de maio. Data comercial para alguns (segunda melhor data para o varejo, só perde para o natal), possibilidade de refletir sobre o papel da mulher como geradora de vida para outros. Na Igreja Católica é sempre muito bem festejado, afinal há um apego grande à figura de Maria, mãe de Jesus, e que assumiria o papel de mãe da Igreja. 4. Dia Mundial das Comunicações Sociais – Este ano o 39º. Tão importante para a Igreja Católica, que já em 24 de janeiro, Festa de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas, O Papa João Paulo II, divulgou sua mensagem para este dia. Depois de toda a discussão sobre Carol Voitila e a mídia, pipocada pela sua morte, no mês passado, ninguém mais tem dúvida sobre a importância dos Meios de Comunicação para a Igreja. *** E ontem, fui eu à missa para rezar principalmente pela minha mamãe, que está a 650 km de distância, para abraçar mães alheias na "paz de cristo”, e para chorar ouvindo “mãezinha do céu”... básico. Eis que me deparo com o dia das Comunicações Sociais. No sermão, em vez de falar da unidade dos cristãos, de como temos que respeitar as mães, de Jesus subindo aos céus depois de uma peregrinação pós-ressurreição, o Padre dedica quase todas as suas palavras aos Meios de Comunicação Social, à sua importância, à posição que a audiência deve tomar diante de programas que não promovem a paz, à postura que os comunicadores devem ter. Não se limitou à TV, como é de praxe... sobrou até para à música. Depois, numa prece ampla, todos rezamos: “Os meios de comunicação social possibilitam a relação humana. Fortalecei os cristãos para a aquisição e o bom uso dos meios de comunicação social no trabalho missionário. Por isso, rezemos. Unificai Senhor, pelo Espírito Santo, os vossos filhos e filhas!” Voltei para casa caminhando numa paisagem poética, sob uma garoa fina e sobre as primeiras folhas derrubadas pelo outono. E pensando na utopia contida no: “Felizes os que promovem a paz”. Nada mais oportuno, as mães que querem contornar todos os conflitos entre seus filhos, um órgão que quer que os cristãos se entendam, comunicadores que juram promover a verdade e a paz no dia de sua colação... um papa que não perdia uma oportunidade de incitar “que os homens e as mulheres dos meios de comunicação assumam seu papel para derrubarem os muros da divisão e a inimizade em nosso mundo, muros que separam os povos e as nações entre si e alimentam a incompreensão e a desconfiança.” p.s. 1: A quem interessar possa: a mensagem do papa João Paulo pelo 39º dia das comunicações sociais: por aqui, p.s. 2: Um dia consigo uma vaga pra uma pós graduação que me permita tratar academicamente esse tema: religião e comunicação. Minhas duas paixões. Kathia 10:31 AMquarta-feira, maio 04, 2005li-ção de gra-má-ti-caSabe porque você aprende a separar sílabas? Pra quando chegar no final da linha, mas não for o final da palavra, justamente. Mas sabia que isto tem um nome? Pois é, tem. “Translineação é a mudança, na escrita, de uma linha para outra, ficando parte da palavra no final da linha superior e parte no início da linha inferior.“ Se a trema já tivesse saído de circulação, acho que logo logo parariam de ensinar a separação de sílaba, usaríamos o texto justificado do computador pra tudo. Os jornais impressos com suas colunas estreitas demais pra escrever inconstitucionalmente ou algo parecido estão fadados à extinção mesmo. E as colunas mais estreitas são aquelas com notícias curtinhas, que mais servem à desinformação do que à informação, então podiam ser extintas deste já. Mas as mudanças na gramática são lentas o bastante pra gente morrer vendo as crianças fazendo lição de separar sílaba. E não se esqueçam, rr e ss fica um pra cada sílaba. De qualquer forma é um recurso que serve para en-fa-ti-zar. Kathia 5:33 PMsegunda-feira, maio 02, 2005O filho que eu não teria poderia se chamar HenriHenri - (Francês) - Henrique Henrique - Significa senhor da pátria e indica uma pessoa boa e prestativa. Apesar de seu ar um tanto arrogante. Os amigos sabem que podem contar com sua colaboração a qualquer momento. Do alemão, “principe poderoso”. (Teutônico) - Heinrik, príncipe poderoso. Henri Matisse – O rei das Cores. Grande animador do Fauvismo, pintor referência da arte do século XX, representou a natureza como o deslocamento do mundo das aparências para o mundo da imaginação e sua dinâmica. "A composição deve visar à expressão, modificar-se com a superfície a cobrir". ![]() Henri Ford – Fundador da Ford Motor Company. Em 1983, começa a sua carreira como construtor de automóveis, quando conseguiu construir um pequeno motor a gasolina de 1 cilindro. 1903 - Henry Ford e 11 investidores assinam o início da Ford Motor Company com um capital inicial de US$ 28.000,00. É em também neste ano que 1º automóvel Ford é criado, o Modelo A, tendo 1708 unidades fabricadas até o ano seguinte. (Informações com base nas assessorias de imprensa, por isto estou desconsiderando as análises sócio-culturais, as relações trabalhistas, etc, etc... Afinal é um post alienado mesmo.) Henri Nestlé – Alemão, fundou a Nestlé, na Suíça, em 1867, com o lançamento da Farinha Láctea. O motivo era o mais nobre possível: solucionar o problema da desnutrição infantil. ![]() Henri Seymor – Fundou, junto com Willian Heston, a Quaker Mill Company, registrando a marca Quaker em 1877, em Ravena, Ohio. Só não consegui descobrir a ligação dele com este velho aí. Ah, e durante boa parte da minha infância achei que era umA velhA. “A Quaker, uma marca considerada mundialmente dentre as mais saudáveis e ainda o maior moedor de aveia do mundo," é da Pepsico. ![]() Henri Lefebvre – Filósofo francês, um dos pensadores mais importantes do marxismo ocidental. Foi substituído por Edgar Morin, na Universidade de Nanterre, o que é uma honra, né? Eu adoraria ser substituída pelo Morin. Henri Bresson – "A câmera é a extensão dos meus olhos". Mestre do fotojornalismo, registrou alguns dos principais eventos políticos do século, a Guerra Civil Espanhola, a Segunda Guerra Mundial, a tomada de Pequim pelas forças comunistas de Mao Tse-Tung e a morte de Mahatma Ghandi. ![]() Henri Castelli – Ator global. Nenhuma contribuição para a humanidade, mas pelo menos é considerado bonito. Kathia 3:02 PMterça-feira, abril 26, 2005Os estranhos falam comigo“Eu falo e você me ouve, logo, nós existimos” Ponge Sei que pode parecer contraditório; que é certo que se você tem um site ou afim, sem usuário e senha, qualquer pessoa com acesso à internet, até mesmo um chinês da era de abertura do mercado, pode vê-lo; que o mais legal do blog é que as pessoas comentem; que se eu falo com estranhos na rua, pessoalmente, posso muito bem falar com eles virtualmente ou melhor, usando a expressão atualizada, em esferas não presenciais... mas ainda não me acostumei com os estranhos que comentam aqui. Sempre que eu não conheço o autor do comentário, fico com um pé atrás, fuço nos links, leio os blogs, quando há. Um dia me acostumo. Ah, caros estranhos, não precisa parar, viu? Não é que eu não goste, só acho curioso. Kathia 5:29 PMErrataPois é, pela segunda vez na existência deste blog, um comentário de um estranho ligado ao PV me faz escrever um post. Mas desta vez é pro bem. Pois então, se "2 patinhos na lagoa vote afif 22" logo afif era candidato pelo pl, e não pelo pfl, legenda conhecidamente 25, com o então candidado Aureliano, aquele que era "muito verdadeiro e o brasileiro vai ser mais feliz". Muchas gracias Fabiano! Kathia 5:20 PMConsideraçõesNunca tive crises nostálgicas de querer voltar a ser criança. Sempre tive pensamentos meio mórbidos, mesmo quando criança. Uma vez, na clássica redação “Que bicho você gostaria de ser?”, lá pela 3ª ou 4ª série do primário, ia escrever que queria ser uma formiga, pra ter uma vida curta e morrer logo e de supetão, com a pisada de algum humano. Mas como algo já me dizia que não era prudente não ser feliz, disse que queria ser um gatinho pra poder brincar com as borboletas no jardim. E me senti mal no final das contas, porque a maioria das crianças tinha motivos nobres, como ser um cão de guarda, e eu queria morrer ou brincar. Da adolescência pra frente quando ouvia alguém falar que queria voltar a ser criança, eu, na minha rabugentisse precoce, pensava “eu, não; pra quê voltar se o caminho ter que ser percorrido da mesma forma?” E não haveria mudanças. “Ah, se eu pudesse voltar no tempo eu faria diferente.” Faria nada, faria tudo igual. Porque se fosse criança de novo, não teria a experiência do caminho que o insatisfez. Não há chance consciente. Pra não ser um post tão inútil, olha eu pequena, com esta cara de desconfiada pra boneca de ponta-cabeça. ![]() Kathia 11:55 AMhttp://www.collor.com- O Collor era do PFL, né? - Não, o Afif era do PFL. - Mas de qual partido ele era? - PUtz, não lembro... 12 horas depois, no google: Collor – 18 – PST – Partido Social Trabalhista – Incorporado ao PL, conforme Resolução TSE nº 21.374/03. Não sei porque, mas acho que tenho algum tipo de bloqueio com o Collor. Nunca lembro o partido, a número ou o jingle de campanha dele. E não é porque em 89 eu tinha apenas 8 aninhos, pois eu lembro dos jingles do Afif – 22 – pfl; do Afonso Camargo – ptb; do Ulisses – 15 – pmdb; Lula – 13 – pt; Brizola – 12 – pdt; Caiado e Aureliano (estes só os jingles); Enéas – Prona (só o partido). Também não lembrava que o Covas – psdb, o Maluf – pds, o Roberto Freire – pcb, e o Gabeira – pv estavam no páreo. E simplesmente ignorava a existência de Celso Teixeira Brant – pmn, José Alcides Marronzinho de Oliveira – psp, Lívia Maria Ledo de Abreu – pn, Paulo Gontijo – pp, Zamir José Teixeira – pcn, Eudes de Oliveira Mattar – plp, Antonio dos Santos Pedreira – ppb, Manoel Antonio de Oliveira Horta – pcdob, e Armando Correa da Silva – pmb, completando os 22 candidatos à Presidência da República. Mas nanicos a parte, o Collor venceu!!! E não me conformo de não lembrar. Por isto este post, pra que talvez, reforçando 18 – pst, eu memorize. Kathia 11:34 AMAaaatchim!!!Não sei se tem algo a ver, mas adquiri uma rinite alérgica após este blog nascer. Kathia 11:31 AMquinta-feira, abril 07, 2005Marca Texto AmareloFaltei à aula porque me esqueci que tinha aula. Pior, não foi um esquecimento qualquer, foi um equívoco, em que, sabeseláporque, pus na minha cabeça que não teria aula no dia 02 de abril. E dormi. Não fiz nada de útil pra aproveitar o sábado sem aula. E agora estou puta da cara comigo. Já xinguei, já busquei em vão explicações. E tudo se resolveria com simples círculos amarelos no calendário da minha escrivaninha, indicando os dias em que tenho aula. Estar puto consigo mesmo deveria no mínimo causar uma mudança de comportamento. E é esta a minha esperança. Apesar de eu me conhecer o suficiente pra saber o quão “cabeça de pudim” eu posso ser novamente. E agora, enquanto escrevo este post adolescente em busca de catarse, busco também a cara de pau pra comunicar ao professor, que não fui na aula, que não fiz a prova, que estou reprovada por falta também... e que, mesmo assim, quase uma semana depois, voltei ao mundo real onde as pessoas costumam agir baseadas em agendas, dias e horários, e acho que posso contornar a situação. Lamentável. Acho que estou precisando de problemas de verdade, para parar de me preocupar com coisas de adolescentes. Será que queimei etapas? Será que minha mãe não me bateu o suficiente quando eu era pequena? Freeeeud? Terapia? Não, muito caro, vou comprar um marca texto amarelo. Kathia 11:23 AMquarta-feira, abril 06, 2005A RôPara quem nunca viu, olha só que coisa mais lindinha. ![]() . Há quem afirme que a beleza das crianças serve como uma proteção de sua vida, assim durante a evolução, os pais não matariam os filhos por eles serem ôoooh. Evolucionistas à parte, o que eu sei é que eu não consigo ficar brava com coisas como: Depois de desenhar, a pedidos, toda a turma do Jardim 1 do Sesi Cristo Rei, sem nem conhecer as figuras, só pela descrição, de desenhar um circo, um palhaço, uma galinha... ao terminar um gato: "Kathia, você só sabe desenhar gato feio?" "Só, Roberta, só sei desenhar gato feio..." E terminei o rabo do gato... Kathia 3:43 PMDa mentiraPois então, como vocês devem saber conheço desde o anúncio da gravidez, a fofa, querida e encantadora Roberta. O que serve para que eu acompanhe como algumas coisas começam na nossa vida. As mais interessantes com certeza são as referentes à linguagem e ao uso que se faz dela. O que me incuca no momento é como começamos a mentir. Um dos motivos me parece ser a necessidade de inserção. Caso 1: Tirando as Lentes R. 3 anos e meio: Que que você tá fazendo? K: Tô tirando a lente. R. Eu também uso lente. K: Não minta, Rô. R. Eu não tô mentindo. K: Tá sim, você não usa lente. R. Mas eu não tô mentindo, eu tenho uma lente, tá lá em casa. K: Não minta, é muito feio mentir. R. Mas eu não tô... K: Já falei q não é pra você mentir, que é feio, e eu sei que não é verdade que você tem lente em casa. Caso 2: Estendendo Roupa R: Posso te ajudar K: Não, não pode. R: Vou ajudar a vó... (mexendo numa bacia com água) K: Não pode, tá frio, você tá descalça e gripada R: Mas eu quero ajudar. K: Sim, minha querida, mas isto é coisa de gente grande, e tá frio. Vai lá pra dentro que eu já tô indo também. R: Mas a minha mãe deixa eu fazer K: Claro que não!Tá frio, e se você está gripada ela não vai nem gostar de saber que você está aqui fora. R: mas ela deixa. K: Não minta R: Não é mentira Caso 3: - Nossa, hoje tinha uma aranha marrom enorme no meu quarto. - Ui, dá até uma coisa. - Sabia que outro dia uma aranha marrom me picou? - É mesmo? Risos contidos... Inserção ou não, às vezes fico na dúvida entre os limites do “não minta” e do “que imaginação”. Kathia 3:10 PMquarta-feira, março 30, 2005Queria uma vida novaSeria bom se um médico me recomendasse mudar de cidade por causa da rinite, ou pela gastrite ou pelo intestino irritável. Ou então se eu me convertesse à alguma filosofia naturalista e fosse feliz e contente morar no meio do mato, virar vegetariana e usar botons anti-mcdonalds, com uma função meramente de inserção no grupo, porque ninguém ali ia comer alimentos transgênicos ou que gerassem renda pra multinacionais. Podia também ser abduzida e ir pra outro planeta. Podia aprender a usar o terceiro olho, ficar mais zen, de bem com a vida, com as plantinhas, com as moléculas do ar, com o irmão urso... Podia apostar na megasena e ganhar. Aí viveria de primaveras, viajando pelos continentes. Alguém aí se habilita a me converter? Inri Cristo não vale, além da proximidade geográfica - não precisaria nem mudar de cidade pra seguí-lo - tô pensando em algo menos hierárquico. Kathia 1:29 PMPost ao LeitorA linha editorial deste blog sofrerá algumas mudanças devido ao fato testado e aprovado, pela editora, no post “Teste”. Agora sei colocar fotos aqui!!! É meio trabalhoso, já que o blogspot não hospeda imagens, mas se eu não estiver com muita preguiça usarei o recurso. Kathia 1:23 PMAquela aliUma menininha estava me olhando no ônibus, sorri e pisquei pra ela. Ela olhou pra mãe e perguntou: Mãe, você conhece aquela ali? Kathia 1:03 PMsegunda-feira, março 28, 2005TesteEu em 27/03/05 ![]() Kathia 1:09 PMquarta-feira, março 16, 2005ChoqueVi o Zuenir Ventura afirmar, no programa Sempre um Papo, da Tv Câmara, que não gosta de escrever. Que só escreve porque não sabe fazer outra coisa e esta foi a profissão que lhe restou. Confesso que fiquei chocada. Kathia 1:50 PMquinta-feira, março 10, 2005Déja vuSe a vida dá muitas voltas, a minha engrenagem deve ser a de uma roleta viciada. Kathia 11:26 AMMinha conversa com estranhos em SP:Ponto de ônibus, eu tão perdida que mandaram um primo ir junto comigo pra garantir que eu conseguiria chegar e voltar do lugar. Na volta uma mulher: - O Santana passa aqui? - Passa. - Ele vai pra engenheiros? Olhei pro meu primo, e ele respondeu. O celular dele tocou e a mulher invocou de continuar com as perguntas. - E este aí, vai pra onde? - Não sei. - Outro dia fui andando lá de X até Y, mas é muito longe. Eu gosto de andar, mas no outro dia me deu uma dor nas pernas me atacou seiláoquê e fiquei 3 dias de cama. - É, é melhor não abusar, então, né? - É, nem que eu tenha que pegar mais de um ônibus. Você sabe qual passa ali na rua dos bancos. - Não, não sei, eu não sou daqui... - Acho que é o Z... ... - E a partir de semana que vem eu vou ter que vir 2 vezes por semana pra cá. Vou fazer natação pra Terceira Idade :D - Que bom! - Pois é, tô na fila há uns 2 anos... tem poca vaga. - Humm - Será que este ônibus vai pra A, via B ou C? - Eu não sei (puta merda, já falei que não sou daqui, podia parar de insistir em me fazer perguntas sobre os ônibus ou ficar falando o quanto o bairro que ela mora é longe do bairro em que ela vai fazer a bendita natação... eu simplesmente não tenho noção geográfica em sp. E meu primo que não desliga este celular pra me salvar...) O Santana chegou, tanto ela como nós entramos no mesmo ônibus. Ela começou a conversar com o motorista e com o cobrador, as mesmas perguntas, o tanto que ela andou a pé, as aulas de natação... É, acho que o problema não sou eu. Kathia 11:21 AMAlgumas coisas estranhas que fiz nas fériasEntão, graças ao paizinho (Getúlio Vargas) tive minhas primeiras férias remuneradas. Um ano com carteira assinada e vinte dias sem o Corel. Destino óbvio: Muito tempo em Umuarama, e estadias curtas em Jaguapitã, Mandaguaçu, São Paulo, Morretes e Antonina. Destaques não óbvios: - Assisti toda a cerimônia de início do ano legislativo Ou seja, ouvi ao vivo as primeiras besteiras ditas pelo Severino Cavalcanti depois dele assumir a presidência da Câmara. Deprimente. Aproveitando a deixa, tendo começado o ano de 2005, o ano letivo e o legislativo, gostaria de ressaltar que o ano novo chinês também começou. Portanto se você receber aquele e-mail com os macaquinhos que dão sorte, pode ignorar ou esclarecer ao emissor que esta mensagem já caducou. O ano agora é o do Galo, meu signo no horóscopo chinês e um dos símbolos da publicidade. - Vi um filme de Godard – O Demônio das Onze Horas Um filme to-ma-do! Mas ri um monte e tive que explicar para minha mãe o porquê. Muitas das cenas eram do casal dentro do carro, durante a noite. Para simular o movimento, o recurso utilizado era duas luzes que sincronicamente refletiam no vidro do carro, uma à direita e outra à esquerda. Só vendo pra perceber a precariedade, mas é de 1965, então, dá-se um enorme desconto. - Aprendi a tecer, em São Paulo –SP. Prova disto aqui É, eu em São Paulo, numa viagem super família, em vez de ir aos museus, conhecer a Avenida Paulista ou a Rua 29 de Março, andar de metrô, aprendi trabalhos manuais. E o pior é que eu gostei do tal do tear. E de qualquer forma, tenho muitos motivos pra voltar a Sampa e talvez fazer coisas menos caseiras. - Tomei café da manhã!!! Pois é, me senti tão saudável em Umuarama. Lá eu consigo fazer 3 refeições por dia. Saio pra caminhar. Respiro ar puro... - Constatei que no verão em Umuarama, falar “como tá quente né?” não é linguagem fática. Não tem como não fazer comentários sobre o clima. É tão calor, tão calor, que é inevitável, em algum momento do dia falar coisas como “ah, não agüento mais este calor”, “que calor insuportável” “meudeusdocéu como está quente”.... Informação adicional: fiquei lá de 05 a 23 de fevereiro e não choveu. - Cultivei ainda mais minha paciência com a terceira idade Bingo. Kathia 11:05 AMAos PersistentesKathia Delari está viva!!! Um tanto quanto improdutiva, mas viva. Hoje varreu a casa, tirou as teias de aranha dos cantos, espirrou um bom ar, e até começou a escrever os posts que estão caducando em sua mente. Ah, e mandou agradecer à esperança dos que continuam visitando este blog. Kathia 9:10 AMquinta-feira, janeiro 27, 2005A eternidade de Inês e NevesComo já disse antes, agüente Kathia Delari fazendo pós e estudando coisas não muito louváveis entre os cientistas ortodoxos. Assunto do momento: Ditados Populares. O que tem em comum Inês de Castro e Neves? Os dois: 1. Eram europeus; 2. Tinham alguma relação com a Corte Portuguesa; 3. Viraram mitos e entraram para os ditados populares brasileiros pela morte trágica, foram assassinados; 5. Eu descobri a existência, ou a inexistência (já que estão mortos) dos dois na faculdade. No caso de Neves, descobri a origem do ditado só na semana passada, e não posso deixar de compartilhar com vocês. Até aí morreu o Neves “Isso não é novidade. Conte notícias mais novas” Segundo Mário Prata: “Joaquim Pereira Neves, assessor do Padre Feijó, teve uma morte horrível, sendo decapitado por índios. Não se falava mais nada na Capital a não ser na morte do Neves. Encheu tanto o saco que as pessoas começaram a dizer: "até ai morreu o Neves", ou seja, quero novidades.” Inês é Morta "Deixe para lá, demorou muito, agora é tarde, Inês é morta" A Inês é de longe mais famosa que o Neves. Amante e mãe de três filhos do Dom Pedro, é personagem de várias obras literárias. O amor proibido lhe rendeu uma sentença de morte por decapitação. De qualquer forma o título de Rainha veio, através de Dom Pedro, mas tarde demais, quando Inês já era morta. Kathia 8:08 PMquarta-feira, janeiro 26, 2005Tamagotchi- Tem algum celular dando sinal de vida! - Ou de morte... - É o meu, tá acabando a bateria, é igual Tamagotchi, se você não alimenta ele morre. - É, ele precisa de atenção... - He he he - Pois é, foi pensando nos celulares que lançaram os Bichinhos Virtuais. Sabiam que as crianças daquela época seriam os donos dos celulares de hoje, e deram um jeito de acostumá-las a cuidar de um artefato eletrônico pessoal e portátil. Mas que precisaria de atenção, carregar bateria, por crédito... Uma ótima estratégia! - Sério? Onde você leu isto? - Mentira, acabei de inventar... He he he - Ah, mas podia ser verdade. - Podia, e faria muito sentido: preparar os usuários. Talvez até seja verdade... Kathia 7:20 PMPiras e mais pirasUm dos melhores sonhos que tive na minha vida foi um em que eu estava morrendo. Parece depressivo isto, né? Mas não foi na minha fase depressiva. E algumas coisas levam a crer que era para outra coisa que meu subconsciente apontava então. Resumo do Sonho: Eu estava no hospital. Saí pra comprar remédios pro meu pai. Na volta da farmácia, caí e morri. Aí, na minha pretensão, estava subindo aos céus... E eu dizia “mas eu não terminei” e uma voz disse, “não tem problema”. Acordei, com uma sensação muito boa, hiper tranqüila. Volta e meia me pego pensando que eu só passarei para outra fase quando não faltar mais nada da atual. Não sou boa em jogos, mas na minha memória adolescente havia alguns em que eu não precisava pegar todas as comidinhas e matar todos os monstros para ir à próxima fase. Isto podia me enfraquecer, mas não era vital. Podia terminar o jogo, mesmo que não batesse o recorde. Aí lembro do sonho, e fico pensando se realmente é preciso gastar até a última gota, para se começar outra coisa, mas nunca consigo chutar nenhum balde muito importante. Talvez se eu me convencesse de que não há problema em não terminar, chutasse vários.Mas também não acredito nos sonhos. Logo eu que sou a desorganização em pessoa, e que faço milhares de coisas ao mesmo tempo, de repente me me pego pensando que algumas pendengas estão me travando a vida. Que tenho que me reaver com cada pontinha de um relacionamento amoroso para começar outro. Que enquanto eu não conseguir botar todos os trabalhos em ordem não vou conseguir mudar de emprego. Que só quando terminar algumas coisas chatas em Curitiba vou poder mudar de cidade. Ui, daí pra pensar em missão, dois toques, né? Mas, ditadura capitalista da produtividade; doutrina católica enraizada para fazer tudo o mais correto possível; onda de livros de esoterismo, auto-ajuda, não-ficção ou sei lá como se pode nomear este filão editorial; ou qualquer outro inconsciente coletivo à parte, o fato é que estás piras tem tomado meu tempo. Tomara que sirva para alguma coisa além de render um post nhem-nhem-nhem. P.s.: Se algum amante de Freud ler esse post, por favor, me poupe de análises freudianas, sim? Kathia 7:06 PMterça-feira, janeiro 25, 2005Estranho no NinhoEu, com a minha paixão pelo google e com a capacidade de encher a caixa de e-mails dos amigos que estão nas mesmas listas que eu, não deveria me sentir mal numa lan house, certo? Errado. Sexta-feira passada, peguei a tarde de folga para acompanhar uma das minhas irmãs a algumas escolas de idiomas de Curitiba para ela deixar currículo e fazer alguns testes. Gastei meu latim com os recepcionistas e secretárias das escolas antes de chegarmos à ultima. Na verdade gastei meu português mesmo, pois ao contrário dela e do meu irmão, não me aventuro muito em outras línguas. Pois então, restava uma escola, com um simulado de TOEFL de mais de duas horas. Na esquina uma lan house... Nem titubeei: “Vou ali na esquina, quem terminar primeiro encontra a outra. Boa sorte!” Entrei, procurei um atendente, que dificilmente identifiquei no meio da pirralhada. Pedi um micro para Internet e texto. Achei que ia conseguir enganá-lo e não deixar transparecer que eu nunca tinha pagado pra usar computadores antes. Ledo engano. Na primeira hora quase tudo ocorreu bem. Não consegui acessar meu blog, muito menos atualizá-lo, mas tudo bem. Conversei no MSN, visitei uns sites nada a ver. Resolvi ler algumas coisas úteis. Impossível, já estava na segunda hora e o cheiro de pipoca e os piás gritando estavam me deixando meio tonta. Pior é que eu nem sei jogar nada no computador, e não entendia que diabos de mapa os piás pediam com gritos alucinados para aumentar ou diminuir. Acho que o olhar estranho do atendente quando eu pedi duas horas fazia todo o sentido. Ainda bem que era sexta-feira, casual day. Imagina se eu estivesse de terninho? Kathia 6:38 PM |